segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Outro Natal é possível!

Onde o Menino Jesus não fique envergonhado,
Ao ser escanteado e substituído pelo Papai Noel,
Verdadeiro mascote de vendas e lucros.

Onde as crianças, além de brinquedos,
Ganhem oportunidades de saúde, escola e lazer,
E possam exibir o sorriso largo e o olhar luminoso.

Onde os pais de crianças pobres não sejam inferiorizados
Diante dos apelos do marketing e da propaganda,
Com a tirania da última novidade em brinquedos;

Onde, além da mesa e da ceia natalina,
Estejam recheados o coração e o espírito,
Dos que buscam a justiça, o direito e a paz.

Onde as luzes e cores, presentes e enfeites,
Não formem um verniz de falsidade e ilusão,
Mas expressem um clima de alegria fraterna.

Onde o presépio relembre a cada pessoa e família,
O valor dos laços primários, sólidos, duradouros,
Alicerce de um edifício social sadio e saudável.

Onde o planeta Terra, casa de Deus e casa de todos,
Seja livre da devastação, corrupção e poluição,
Sonho eterno do bem viver e da terra sem males!

Onde os olhos brilhem e os corpos dancem,
Embriagados não pelo prazer e as drogas do egoísmo,
Mas pelas mãos e braços abertos à solidariedade.

Onde o Deus do caminho prevaleça sobre o Deus do templo,
Verbo que se faz carne e arma sua tenda entre nós.
Vem, Senhor Jesus, fica e caminha conosco!


Pe. Alfredo J. Gonçalves

Um comentário:

  1. No âmbito da sociologia e das ciências sociais em geral, a expressão castas sociais designa um número muito grande de grupos hereditários, geralmente locais, rigidamente endogâmicos, impermeáveis a movimentos de mobilidade social e organizados numa hierarquia social de inferioridade e superioridade. Em muitos casos, as castas são reconhecidas por lei e possuem quase sempre uma base religiosa.

    Apesar de actualmente ser sobretudo aplicado à organização social na Índia, o termo casta tem origem portuguesa, tendo sido aplicado inicialmente a grupos de raças diferentes nas colónias portuguesas e espanholas da América, grupos estes, cujas características, por sinal, pouco tinham a ver com o conceito actual de castas. De facto, nas colónias portuguesas e espanholas da América, verificou-se uma forte mistura de raças dando origem a diversas subcastas como os mestiços e os mulatos, o que contraria a principal característica do conceito actual de casta: a endogamia.

    Além da corrente que defende a utilização do conceito de castas apenas para o sistema de estratos sociais indiano, existe outra corrente que defende a aplicação do conceito a outras sociedades que obedeçam a características como a aquisição hereditária de estatuto social, a existência de endogamia (casamento entre membros da mesma classe social) e a existência de uma organização social hierarquizada. Inclui-se neste conceito, diversas sociedades americanas primitivas e africanas ou até mesmo para caracterizar algumas minorias em países desenvolvidos como é o caso dos ciganos na Europa.

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