quarta-feira, 29 de junho de 2011

Os desafios da vida e a Fé no Ressuscitado


A nossa vida é constantemente marcada por turbulências que nem sempre são fáceis de serem vencidas, sendo que algumas vezes temos a impressão de que seremos engolidos. São situações que nos desafiam e exigem de nós muito mais do que somos capazes de realizar. É justamente nessas situações que a nossa fé deve falar mais alto. É claro que devemos reconhecer a nossa impotência diante de determinadas situações, mas a vida de quem realmente crê em Deus não pode ser marcada pelo medo, pela covardia ou pela transferência da responsabilidade do dia a dia para Deus. É assumir com coragem os desafios na certeza de que Deus é o grande parceiro e que seremos sempre vitoriosos porque não realizamos uma obra que é nossa, mas somos protagonistas de uma obra que é o próprio Deus quem realiza.

Intimidade com Deus

A nossa vida é constantemente marcada por turbulências que nem sempre são fáceis de serem vencidas, sendo que algumas vezes temos a impressão de que seremos engolidos. São situações que nos desafiam e exigem de nós muito mais do que somos capazes de realizar. É justamente nessas situações que a nossa fé deve falar mais alto. É claro que devemos reconhecer a nossa impotência diante de determinadas situações, mas a vida de quem realmente crê em Deus não pode ser marcada pelo medo, pela covardia ou pela transferência da responsabilidade do dia a dia para Deus. É assumir com coragem os desafios na certeza de que Deus é o grande parceiro e que seremos sempre vitoriosos porque não realizamos uma obra que é nossa, mas somos protagonistas de uma obra que é o próprio Deus quem realiza. Desta forma, devemos colocar nossa esperança nas mãos de Deus e deixar que o mesmo realize em nós a sua vontade.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Corpus Christi

A origem da Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo remonta ao Século XIII. A Igreja Católica sentiu necessidade de realçar a presença real do "Cristo todo" no pão consagrado. A Festa de Corpus Christi foi instituída pelo Papa Urbano IV com a Bula ‘Transiturus’ de 11 de agosto de 1264, para ser celebrada na quinta-feira após a Festa da Santíssima Trindade, que acontece no domingo depois de Pentecostes.
O Papa Urbano IV foi o cônego Tiago Pantaleão de Troyes, arcediago do Cabido Diocesano de Liège na Bélgica, que recebeu o segredo das visões da freira agostiniana, Juliana de Mont Cornillon, que exigiam uma festa da Eucaristia no Ano Litúrgico.
Por solicitação do Papa Urbano IV, que na época governava a igreja, os objetos milagrosos foram para Orviedo em grande procissão, sendo recebidos solenemente por sua santidade e levados para a Catedral de Santa Prisca. Esta foi a primeira procissão do Corporal Eucarístico. A 11 de agosto de 1264, o Papa lançou de Orviedo para o mundo católico através da bula Transiturus do Mundo o preceito de uma festa com extraordinária solenidade em honra do Corpo do Senhor.
A festa de Corpus Christi foi decretada em 1269.
O decreto de Urbano IV teve pouca repercussão, porque o Papa morreu em seguida. Mas se propagou por algumas igrejas, como na diocese de Colônia na Alemanha, onde Corpus Christi é celebrada desde antes de 1270. A procissão surgiu em Colônia e difundiu-se primeiro na Alemanha, depois na França e na Itália. Em Roma é encontrada desde 1350.
A Eucaristia é um dos sete sacramentos e foi instituído na Última Ceia, quando Jesus disse: ‘Este é o meu corpo…isto é o meu sangue… fazei isto em memória de mim’. Porque a Eucaristia foi celebrada pela 1ª vez na Quinta-Feira Santa, Corpus Christi se celebra sempre numa quinta-feira após o domingo da Santíssima Trindade. Neste Sacramento, no momento da Consagração, ocorre a transubstanciação, ou seja, o pão se torna carne e o vinho sangue de Jesus Cristo, em toda Santa Missa, mesmo que esta transformação da matéria não seja visível.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Intolerância religiosa é pecado

Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação (ALC) - Marcelo Schneider
Salvador, segunda-feira, 6 de junho de 2011 (ALC) - Durante a assembléia da Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE), realizada dias 2 e 3 de junho, em Salvador, Bahia, um painel sobre o tema da intolerância religiosa ofereceu expressivas matizes para uma interpretação propositiva das dinâmicas inter-religiosas ao redor do mundo.
A Bahia, e especialmente Salvador, é um dos mais fervorosos caldeirões religiosos da América Latina, composto, em sua maioria, por expressões de fé de matriz africana, de diferentes igrejas cristãs e grupos espíritas.
São muitos os exemplos de diversidade e mistura de elementos de diferentes tradições religiosas. Na Igreja do Bonfim, por exemplo, que é um dos marcos da presença católica-romana na capital, não raro sacerdotes do candomblé se colocam do lado de fora para oferecer passes e limpezas espirituais aos turistas que entram ou saem do histórico templo.
Apesar de reconhecerem que a intolerância religiosa tem estado presente ao longo da história e durante toda a caminhada das igrejas, as apresentações dos painelistas e as reações da plenária revelaram o rechaço unânime a esse tipo de manifestação.
“Somos todos iguais diante de Deus. No projeto divino para o ser humano não há lugar para o preconceito, a marginalização e a demonização de religiões que sejam diferentes das nossas”, afirmou um dos palestrantes, o pastor Djalma Torres, da Igreja Batista Nazaré, presidente do Centro de Pesquisa, Estudos e Serviço Cristãos (CEPESC).
A caminhada de vida e o significado místico dos exemplos dados em vida por Irmã Dulce, que atuou na Bahia e recentemente beatificada pela Igreja Católica, foi lembrada pelo antropólogo Jaime Sodré, que apresentou alguns elementos-chave para o diálogo e cooperação inter-religioso a partir do Candomblé.
“A Irmã Dulce nunca discriminou ninguém. Quando as pessoas chegavam ao hospital em busca de ajuda, ela não exigia nenhum atestado de fé católica, mas mostrava uma atenção integral a todas as pessoas socialmente vulneráveis. Para muitos de nós, do Candomblé, ela já é santa pelos seus feitos”, disse.
“A intolerância religiosa é uma das facetas do racismo”, afirmou o secretário municipal da Reparação da cidade de Salvador, Ailton Ferreira. Ele apontou a questão do preconceito e das represálias a outras expressões de fé como algo fortemente direcionado ao povo negro, cigano ou indígena.
Falando em nome da CESE, a diretora executiva Eliana Rolemberg lembrou que o organismo ecumênico tem feito esforços para promover espaços de troca de experiências e conhecimento mútuo, como a proposta “Construindo Diálogos”, que, em 2010, reuniu pessoas ligadas às igrejas associadas à CESE e outras igrejas - principalmente batistas - à Universal do Reino de Deus e a terreiros de candomblé.
“Temos também a proposta de elaboração de uma cartilha que chame atenção para a importância do tema da intolerância religiosa”, afirmou.
O tema da intolerância ganhou aportes teológicos durante o debate em plenária. Para o padre Elias Wolff, assessor da Comissão Episcopal para o Diálogo Ecumênico e Interreligioso, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), “nossa afirmação da liberdade religiosa está baseada na dignidade da pessoa. Todos têm o direito de se expressar de acordo com a própria consciência graças à liberdade dada na revelação de Deus. A intolerância, portanto, fere tanto a liberdade da pessoa como o princípio de fé dos cristãos”, assinalou.
“A bricolagem da fé está aí”, apontou o reverendo Arthur Cavalcante, secretário geral da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, lembrando que o sincretismo também está presente em diversos círculos protestantes, o que cria um espírito de competitividade e impede uma aproximação mais propositiva entre as igrejas.
O debate promovido pela CESE remeteu a várias pistas de um protagonismo mais efetivo do organismo de serviço diaconal, das igrejas e de outras organizações ecumênicas no sentido de promoverem e desenvolverem ferramentas metodológicas capazes de tornar mais visível e presente uma abordagem não exclusiva ou fundamentalista em contextos marcados pela diversidade religiosa.
A CESE é um esforço conjunto da Igreja Católica Apostólica Romana, Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, Igreja Presbiteriana Independente do Brasil e a Igreja Presbiteriana Unida. Ela é membro da ACT Aliança, que reúne mais de 100 organizações ligadas a igrejas ao redor do mundo envolvidas no trabalho de ajuda humanitária e apoio do desenvolvimento e defesa de causa.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

HOMILIA DOMINICAL – PENTECOSTES – A IGREJA VIVE NO ESPÍRITO DO RESSUSCITADO

A festa de Pentecostes celebra um acontecimento essencial para vida dos filhos de Deus e para sua Igreja. Nascemos oficialmente através do batismo no Espírito Santo. A vinda do Espírito sobre os discípulos manifesta a riqueza da vida nova do Ressuscitado no coração e na atividade missionária dos seguidores de Jesus Cristo. E, ao mesmo tempo, inicia-se a expansão da Igreja através do anúncio e do testemunho dos que receberam o batismo no Espírito Santo. Esta manifestação de Deus pelo Espírito ilumina a comunidade dos amigos de Cristo e faz com que compreendam sua ressurreição como a plenitude dos planos do Pai para salvação do mundo, não só para Israel como pretendiam os judeus.
O Espírito Santo nos renova em Cristo. “Sem o Espírito Santo, Deus está longe, o Cristo permanece no passado, o evangelho uma letra morta, a Igreja uma simples organização, a autoridade um poder, a missão uma propaganda, o culto um arcaísmo, e a ação moral uma ação de escravos. Mas no Espírito Santo o cosmo é enobrecido pela geração do Reino, o Cristo ressuscitado está presente, o evangelho se faz força do Reino, a Igreja realiza a comunhão trinitária, autoridade se transforma em serviço, a liturgia é memorial e antecipação, a ação humana se deifica” ( Atenágoras séc. II d.C).
A promessa do Ressuscitado se realiza na vinda do Espírito sobre seus discípulos em forma de línguas de fogo que faz resplandecer nestes homens tementes a Deus a força do Espírito em formas de dons que devem ser colocados à disposição da comunidade para gerar comunhão e fraternidade entre os filhos amados de Deus. Por isso, o Apóstolo Paulo em meio à comunidade de Corintos os adverte que entre aqueles que receberam o Espírito Santo não pode haver distinção racial ou social, pois Cristo é a cabeça de sua Igreja e nós somos os membros que devemos estar unidos a Ele.
As palavras de Jesus no Evangelho de São João é um mandato e ao mesmo tempo uma ordem para os discípulos e missionários que crêem no plano salvífico de Deus, pois é o princípio de uma nova criação; nasce uma comunidade inspirada pelo Espírito de Deus, com o poder de perdoar pecados e oportunizar aos homens um recomeço, ou seja, uma vida nova inspirada nos ensinamentos de Jesus e conduzida e animada pelo Espírito Santo.
A festa de Pentecostes é para nós cristãos uma oportunidade de nos renovarmos pelo Espírito Santo de Deus e, ao mesmo tempo, superarmos as desavenças, intrigas, discórdias e divisões presentes no seio de nossas comunidades que impedem o Espírito Santo agir e nos conduzir para uma vivência de intimidade na oração com o Cristo Ressuscitado. Portanto, tenhamos coragem de superar o egoísmo e nos abramos às novidades do Espírito em uma vivência de comunhão fraterna em nossas famílias e comunidades.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Meio Ambiente e Qualidade de vida

Uma das frases mais conhecidas quando nos referimos ao meio ambiente é o artigo 225 da Constituição Federal de 1988, reportando que “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as futuras e presentes gerações”. Entretanto, quando falamos em qualidade de vida, podemos pensar em uma escala muito mais restrita e nem tanto generalista.
O conceito de qualidade de vida varia muito de uma pessoa para outra, enquanto que para alguns, mais vale ter uma vida de qualidade, para outros, é realmente importante atribuir qualidade às ações de sua vida. Hoje em dia, o intenso corre-corre com as inúmeras obrigações diárias pode contribuir para que nossa vida perca muito em qualidade. Sem dúvida o ambiente em que vivemos exerce uma forte influência em nossa vida, seja o ambiente de trabalho, o familiar ou o de lazer
Existem algumas dicas simples que podem contribuir para atribuir qualidade à nossa vida, entre as quais: praticar mais o hábito de ler, modificar o seu trajeto do trabalho para casa, aprender um novo idioma, beber muita água, praticar esportes e intensificar o contato com o ambiente natural, entre outras.
O turismo também é considerado uma excelente atividade que pode contribuir significativamente para a qualidade de vida. Entre as práticas turísticas que mais têm despertado o interesse dos praticantes está o turismo ecológico, que contribui significativamente para o desenvolvimento do sentimento conhecido como “espiritualidade ecológica”, fazendo com que nos sintamos parte do meio ambiente.
Sem dúvida, alternativas não faltam para atribuir mais qualidade à nossa vida e a escolha de fazê-lo cabe à cada um de nós. Manter-se ativo, com qualidade, além de estimular a nossa criatividade e intuição, aumenta a longevidade e melhora significativamente nosso contato com o próximo, além de proporcionar o autoconhecimento.
Carlos Rodrigo Lehn, Biólogo, Msc. Biologia Vegetal/UFMS, Tutor EAD Portal Educação
Lis Damasceno de Oliveira, Turismóloga, Msc. Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional/UNIDERP, Tutora EAD Portal Educação
 

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Homilia Dominical

ASCENSÃO DSENHOR Queridos irmãos, que a graça do Ressuscitado esteja presente em vossos corações. A liturgia deste domingo nos apresenta a partida do Filho amado para junto do Pai. O episódio da Ascensão de Jesus Cristo, diz que não adianta ficarmos observando ou contemplando sua partida, mas que nos preparemos para sua volta gloriosa. Esta é a missão dos discípulos, da Igreja como continuadora da sua missão neste mundo – anunciar o Reino de Deus e sua justiça. Assim sendo, o anúncio do Evangelho deve ser acompanhado pela prática da justiça, jamais deve o missionário compactuar ou calar diante de práticas injustas e discriminadoras.

Esse Jesus que subiu ao céu, depois de sua paixão passou quarenta dias instruindo os discípulos pelo Espírito Santo. Apareceu a Maria Madelena no sepulcro, comeu com seus discípulos a beira do mar da Galiléia e a Tomé com os outros para fortalecer a sua fé. Antes de sua partida deu-lhes uma ordem, não saiam de Jerusalém até que recebam o e Espirito Santo prometido pelo Pai. Ele vos dará forças e vocês serão minhas testemunhas por toda a terra.

A narrativa de Mateus sobre a Ascensão de Jesus Cristo difere dos demais evangelistas, pois supõe que o ressuscitado já estava à direita do Pai (cf Mt 26,64). E através de uma aparição na Galiléia transmite seus poderes aos discípulos que deverão ser os continuadores de sua missão (cf Mt 18,20), lhes garantindo presença constante até o fim dos tempos. Por isso, eles devem batizar em nome Pai, do Filho e do Espírito Santo, pois quem vos deu esta ordem é o Filho de Deus que recebera do Pai toda autoridade sobre o céu e a terra (Mt 28,18).

O Apóstolo Paulo em meio a comunidade de Éfeso, apresenta-lhes como Deus se mostrou através de Jesus Cristo. Ressuscitou dentre os mortes e o fez cabeça de um novo povo, a Igreja, ou seja, aqueles que depositam Nele sua fé. Por isso, implora que os irmãos desta comunidade nascente receba a graça de Deus em suas vidas e se tornem verdadeiros discípulos de Jesus Cristo que os judeus mataram mas que ressuscitou e está vivo no meio de nós.

Com a ascensão de Jesus Cristo e o testemunho dos seus discípulos, podemos dizer que este homem é o Filho amado de Deus que habita no nosso meio? Acreditamos realmente Nele? As nossas atitudes e ações são de pessoas que têm fé? A nossa comunidade deixa-se guiar pelo Espírito de Deus derramado por Jesus?

Em suas orações particulares e comunitária não deixem de se interrogar com esses questionamentos, pois eles são luzes que provém do ressuscitado para reacender a chama do Espírito Santo que muitas vezes se encontra quase apagada com as inúmeras tarefas que realizamos ao longo do dia e que muitas vezes não dispomos de tempo para Deus, ou não permitimos que Ele faça parte de nosso dia.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Os Sofistas

E.E.E.P Francisco Aristóteles de Sousa
Os Sofistas
Os sofistas se compunham de grupos de mestres que viajavam de cidade em cidade realizando aparições públicas (discursos, etc) para atrair estudantes, de quem cobravam taxas para oferecer-lhes educação. O foco central de seus ensinamentos concentrava-se no logos ou discurso, com foco em estratégias de argumentação. Os mestres sofistas alegavam que podiam "melhorar" seus discípulos, ou, em outras palavras, que a "virtude" seria passível de ser ensinada.
Protágoras (481 a.C.-420 a.C.), Górgias (483 a.C.-376 a.C.), e Isócrates (436 a.C.-338 a.C.) estão entre os primeiros sofistas conhecidos. Diversos sofistas questionaram a propalada sabedoria recebida pelos deuses e a supremacia da cultura grega (uma idéia absoluta à época). Argumentavam, por exemplo, que as práticas culturais existiam em função de convenções ou "nomos", e que a moralidade ou imoralidade de um ato não poderia ser julgada fora do contexto cultural em que aquele ocorreu. Tal posição questionadora levou-os a serem perseguidos, inclusive, por aqueles que se diziam amar a sabedoria: os filósofos gregos.
A conhecida frase "o homem é a medida de todas as coisas" surgiu dos ensinamentos sofistas. Uma das mais famosas doutrinas sofistas é a teoria do contra-argumento. Eles ensinavam que todo e qualquer argumento poderia ser contraposto por outro argumento, e que a efetividade de um dado argumento residiria na verossimilhança (aparência de verdadeiro, mas não necessariamente verdadeiro) perante uma dada platéia.
Os Sofistas foram os primeiros advogados do mundo, ao cobrar de seus clientes para efetuar suas defesas, dada sua alta capacidade de argumentação. São também considerados por muitos os guardiões da democracia na antiguidade, na medida em aceitavam a relatividade da verdade. Hoje, a aceitação do "ponto de vista alheio" é a pedra fundamental da democracia moderna.
Sofística era originalmente o termo dado às técnicas ensinadas por um grupo altamente respeitado de professores retóricos na Grécia antiga. O uso moderno da palavra, sugestionando um argumento inválido composto de raciocínio especioso, não é necessariamente o representante das convicções do sofistas originais, a não ser daquele que geralmente ensinaram retórica. Os sofistas só são conhecidos hoje pelas escritas de seus oponentes (mais especificamente, Platão e Aristóteles) que dificulta formular uma visão completa das convicções dos sofistas.
Os sofistas são os primeiros a romperem com a busca pré-socrática por uma unidade originária (a physis) iniciada com Tales de Mileto e finalizada em Demócrito de Abdera (que embora tenha falecido pouco tempo depois de Sócrates, tem seu pensamento inserido dentro da filosofia pré- socrática).
A principal doutrina sofística consiste, em uma visão relativa de mundo (o que os contrapõe a Sócrates que, sem negar a existência de coisas relativas, buscava verdades universais e necessárias). A principal doutrina sofística pode ser expressa pela máxima de Protágoras: "O homem é a medida de todas as coisas".
Tal máxima expressa o sentido de que não é o ser humano quem tem de se moldar a padrões externos a si, que sejam impostos por qualquer coisa que não seja o próprio ser humano, e sim o próprio ser humano deve moldar-se segundo a sua liberdade.
Outro sofista famoso foi Górgias de Leontini, que afirmava que o 'ser' não existia. Segundo Górgias, mesmo que se admitisse que o 'ser' exista, é impossível captá-lo. Mesmo que isso fosse possível, não seria possível enunciá-lo de modo verdadeiro e, portanto, seria sempre impossível qualquer conhecimento sobre o 'ser'.
Estas visões contrastantes com a de Sócrates (que foram adotadas também por Platão e Aristóteles, bem como sua "luta" anti-sofista) somada ao fato de serem estrangeiros - o que lhes conferia um menor grau de credibilidade entre os atenienses - contribuiu para que seu pensamento fosse subvalorizado até tempos recentes.
Moral, Direito, Religião
A sofística sustenta o relativismo prático, destruidor da moral. Como é verdadeiro o que tal ao sentido, assim é bem o que satisfaz ao sentimento, ao impulso, à paixão de cada um em cada momento. Ao sensualismo, ao empirismo gnosiológicos correspondem o hedonismo e o utilitarismo ético: o único bem é o prazer, a única regra de conduta é o interesse particular. Górgias declara plena indiferença para com todo moralismo: ensina ele a seus discípulos unicamente a arte de vencer os adversários; que a causa seja justa ou não, não lhe interessa. A moral, portanto, - como norma universal de conduta - é concebida pelos sofistas não como lei racional do agir humano, isto é, como a lei que potencia profundamente a natureza humana, mas como um empecilho que incomoda o homem. E tentam criticar a vaidade desta lei, na verdade tão mutável conforme os tempos e os lugares, bem como a sua utilidade comumente celebrada: não é verdade - dizem - que a submissão à lei torne os homens felizes, pois grandes malvados, mediante graves crimes, têm frequentemente conseguido grande êxito no mundo e, aliás, a experiência ensina que para triunfar no mundo, não é mister justiça e retidão, mas prudência e habilidade. Então a realização da humanidade perfeita, segundo o ideal dos sofistas, não está na ação ética e ascética, no domínio de si mesmo, na justiça para com os outros, mas no engrandecimento ilimitado da própria personalidade, no prazer e no domínio violento dos homens. Esse domínio violento é necessário para possuir e gozar os bens terrenos, visto estes bens serem limitados e ambicionados por outros homens. É esta, aliás, a única forma de vida social possível num mundo em que estão em jogo unicamente forças brutas, materiais. Seria, portanto, um prejuízo a igualdade moral entre os fortes e os fracos, pois a verdadeira justiça conforme a natureza material, exige que o forte, o poderoso, oprima o fraco em seu proveito. Quanto ao direito e à religião, a posição da sofística é extremista também, naturalmente, como na gnosiologia e na moral. A sofística move uma justa crítica, contra o direito positivo, muitas vezes arbitrário, contingente, tirânico, em nome do direito natural. Mas este direito natural - bem como a moral natural - segundo os sofistas, não é o direito fundado sobre a natureza racional do homem, e sim sobre a sua natureza animal, instintiva, passional. Então, o direito natural é o direito do mais poderoso, pois em uma sociedade em que estão em jogo apenas forças brutas, a força e a violência podem ser o único elemento organizador, o único sistema jurídico admissível.
Caros Alunos,
Realize um comentário de no mínimo quinze linhas do texto e faça uma relação das palavras que você não conhecesse e pesquise seus significados e postem juntas com o seu comentário. É de suma importância que em seu comentário seja colocado o seu nome, o seu número e a turma a que pertence.

Bibliografia:
http://pt.wikipedia.org/wiki/sofistas. Pesquisado em 01/06/2011