sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Ninguém pode ser discriminado por causa da sexualidade, dizem bispos

Martínez, que é bispo luterano, e Duque, bispo da Igreja Episcopal Anglicana, frisaram que é prioridade, depois de sancionada, o processo de socialização da lei. Eles disseram que é preciso ter extremo cuidado com leituras fundamentalistas da Bíblia. "Ninguém pode ser discriminado, sob nenhuma razão, muito menos ainda por questões de gênero e sexualidade", afirmaram.
Embora não vejam dificuldades na aplicação da lei no interior das congregações, os dois bispos admitiram, contudo, que fiéis não estão acostumados com a radicalidade do Evangelho, de ouvir falar do amor de Deus sem medida para todos e todas as criaturas.
Eles propuseram a realização de campanha de divulgação do texto legal nas igrejas, para que o surto da discriminação seja varrido de forma definitiva. Duque lembrou quão aliviado fica o fiel que pode falar da sua homossexualidade sem problemas.
"É o ensino de Jesus. Ele não recusou ninguém, solidarizou-se com o excluído, com o perseguido, com o oprimido, com o triste, aos quais alentava a mudarem", disse Duque.
A partir de Jesus, cristãos devem acolher quem está vulnerável, para que ele conheça o amor do Deus encarnado, agregou Martínez. A lei, concordaram os dois bispos, abre a grande possibilidade às igrejas para que comecem a falar, sistematicamente, a linguagem do amor, ao invés da recriminação e da censura.

por Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação (ALC)

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