Martínez, que é bispo luterano, e Duque, bispo da
Igreja Episcopal Anglicana, frisaram que é prioridade, depois de
sancionada, o processo de socialização da lei. Eles disseram que é
preciso ter extremo cuidado com leituras fundamentalistas da Bíblia.
"Ninguém pode ser discriminado, sob nenhuma razão, muito menos ainda por
questões de gênero e sexualidade", afirmaram.
Embora não vejam dificuldades na aplicação da lei no
interior das congregações, os dois bispos admitiram, contudo, que fiéis
não estão acostumados com a radicalidade do Evangelho, de ouvir falar do
amor de Deus sem medida para todos e todas as criaturas.
Eles propuseram a realização de campanha de
divulgação do texto legal nas igrejas, para que o surto da discriminação
seja varrido de forma definitiva. Duque lembrou quão aliviado fica o
fiel que pode falar da sua homossexualidade sem problemas.
"É o ensino de Jesus. Ele não recusou ninguém,
solidarizou-se com o excluído, com o perseguido, com o oprimido, com o
triste, aos quais alentava a mudarem", disse Duque.
A partir de Jesus, cristãos devem acolher quem está
vulnerável, para que ele conheça o amor do Deus encarnado, agregou
Martínez. A lei, concordaram os dois bispos, abre a grande possibilidade
às igrejas para que comecem a falar, sistematicamente, a linguagem do
amor, ao invés da recriminação e da censura.
por Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação (ALC)
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