quinta-feira, 26 de maio de 2011

"Eu sou o caminho, a verdade e a vida" (João 14, 1-13)

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"Eu sou o caminho, a verdade e a vida"

A missão de Jesus e a nossa Missão
  


1. SITUANDO

            Nos cinco capítulos que descrevem a despedida de Jesus (Jo 13 a 17), percebe-se a presença daqueles três fios de que falamos na Introdução: a fala de Jesus, a fala das comunidades do Discípulo Amado e na fala daquele que fez a última redação do Quarto Evangelho. Nestes capítulos, os três fios estão de tal maneira entrelaçados que o todo se apresenta como uma peça única de rara beleza e inspiração, onde é difícil distinguir o que é de um e o que é do outro.
            Estes cinco capítulos são um exemplo de como as comunidades do Discípulo Amado faziam catequese. Por exemplo, o capítulo 14 é uma catequese que ensina as comunidades como viver sem a presença física de Jesus. Eles faziam isto através de perguntas e respostas. As perguntas dos três discípulos, Tomé (Jo 14, 5), Filipe (Jo 14, 8) e Judas Tadeu (Jo 14, 22), eram também as perguntas das comunidades. Assim, as respostas de Jesus para os três eram um espelho em que as comunidades encontravam uma resposta para as suas próprias dúvidas e dificuldades.

2. COMENTANDO
  
1. João 14, 1-2: Nada te perturbe!
O texto começa com uma exortação: "Não se perturbe o coração de vocês!" Em seguida, diz: "Na casa do meu Pai há muitas moradas!" A insistência em conservar palavras de ânimo que ajudam a superar a perturbação e as divergências, é um sinal de que devia haver muita polêmica entre as comunidades. Uma dizia para a outra: "Nós estamos salvos! Vocês estão erradas! Se quiserem ir para o céu, têm que se converter e viver como nós vivemos!" Jesus diz: "Na casa do meu Pai há muitas moradas!" Não é necessário que todos pensem do mesmo jeito. O importante é que todos aceitem Jesus como revelação do pai e que, por amor a ele, tenham atitudes de serviço e de amor. Amor e serviço são o cimento que liga entre si os tijolos e faz as várias comunidades serem uma igreja de irmãos e irmãs.

2. João 14, 3-4: Jesus se despede

Jesus diz que vai preparar um lugar e depois retornará para levar-nos com ele para a casa do Pai. Quer que estejamos todos com ele para sempre. O retorno de que Jesus fala é a vinda do Espírito que ele manda e que trabalha em nós, para que possamos viver com o ele viveu (Jo 14, 16-17.26; 16, 13-14). Jesus termina dizendo: "Para onde eu vou, vocês conhecem o caminho!" Quem conhece Jesus conhece o caminho, pois o caminho é a vida que ele viveu e que o levou através da morte para junto do Pai.

3. João 14, 5-7: Tomé pergunta pelo caminho
Tomé diz: "Senhor,  não sabemos para onde vai. Como podemos conhecer o caminho?" Jesus responde: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida!" Três palavras importantes. Sem caminho, não se anda. Sem verdade, não se acerta. Sem vida, só há morte! Jesus explica o sentido. ele é o caminho, porque "ninguém vem ao Pai senão por mim!" Pois ele é a porteira por onde as ovelhas entram e saem (Jo 10,9). Jesus é a verdade, porque, olhando para ele, estamos vendo a imagem do Pai. "Se vocês me conhecem, conhecerão também o Pai!" Jesus é a vida, porque, caminhando como Jesus caminhou, estaremos unidos ao Pai e teremos a vida em nós!

4. João 14, 8-11: Filipe pergunta pelo Pai

"Mostra-nos o Pai, e basta!" Era o desejo de muita gente nas comunidades de João: como é que a gente faz para ver o Pai de que Jesus fala tanto? A resposta de Jesus é muito bonita e vale até hoje: "Filipe, tanto tempo estou no meio de vocês, e você ainda não me conhece! Quem me vê, vê o Pai!" A gente não deve pensar que Deus esteja longe de nós, como alguém distante e desconhecido. Quem quiser saber como é e quem é Deus Pai, basta olhar para Jesus. Ele o revelou nas palavras e gestos da sua vida! "O Pai está em mim e eu estou no Pai!" Através da sua obediência, Jesus está totalmente identificado como Pai. Ele a cada momento fazia o que o Pai mostrava que era para fazer (Jo 5, 30; 8, 28-29.38). Por isso, em Jesus tudo é revelação do Pai! E os sinais ou as obras de Jesus são as obras do Pai! Como diz o povo: "O filho é a cara do pai!" Por isso, em Jesus e por Jesus, Deus está no meio de nós.

5. João 14, 12-13: Promessas de Jesus
Jesus faz uma promessa para dizer que a intimidade dele com o Pai não é privilégio só dele, mas é possível para todos os que crêem nele. Nós também, através de Jesus, podemos chegar a fazer coisas bonitas para os outros do jeito que Jesus fazia para o povo do seu tempo. Ele vai interceder por nós. Tudo que a gente pedir a ele, ele vai pedir ao Pai e vai conseguir, contanto que seja para servir.

6. João 14, 14-17: Ação do Espírito Santo

Jesus é o nosso defensor. Ele vai embora, mas não nos deixa sem defesa. Promete que vai pedir ao Pai para Ele mandar um outro defensor ou consolador, o Espírito Santo. Jesus chegou a dizer que ele precisa ir embora, pois, do contrário, o Espírito Santo não poderá vir (Jo 16,7). É o Espírito Santo que realizará a proposta de Jesus em nós, desde que peçamos em nome de Jesus e observemos o grande mandamento da prática do amor.

3. ALARGANDO
  
A Linguagem apocalíptica no Evangelho de João
            Durante muito tempo, houve uma identificação entre o João do Livro do Apocalipse (Ap 1, 1.4.9) e o autor do Quarto Evangelho. Pensavam que era a mesma pessoa. Por isso, buscavam acentuar as semelhanças entre o Evangelho de João e o Apocalipse. Por exemplo, a identificação de Jesus como Cordeiro de Deus (Jo 1,29; Ap 5,6.12), e outras. Mas as diferenças são maiores que as semelhanças. Elas mostram que os dois livros não são do mesmo autor. As semelhanças,porém mostram que os dois surgiram dentro de um mesmo ambiente, onde as pessoas tinham uma maneira muito própria de ver o mundo e de se situar frente ao império. Esta mentalidade ou maneira de ver as coisas chamamos de apocalíptica. Ela transparece também nos outros escritos do Novo Testamento. Por exemplo, nos evangelhos sinóticos encontramos discursos de Jesus a respeito daquilo que acontecerá no fim dos tempos (Mc 13; Mt 24; Lc 21). Nestes discursos Jesus usa imagens apocalípticas para falar do juízo final de Deus e da sua vitória definitiva sobre o mal que atormenta as pessoas. É provável que o próprio Jesus falasse dentro desta mesma mentalidade, muito comum na Palestina na sua época.
            No Evangelho de João não é só neste discurso, mas Jesus fala o tempo todo em imagens apocalípticas para definir a sua missão. Expressão desta mentalidade são, por exemplo, as seguintes frases de Jesus: "Um pouco de tempo e já não me vereis, mais um pouco de tempo ainda e me vereis" (Jo 16,16); "Saí do Pai e vim ao mundo, deixo o mundo e volto para o Pai" (Jo 16,28). Jesus quer dizer que ele veio do Pai, para, no mundo, ser o nosso defensor,  nosso advogado ou Paráclito. Voltará para o Pai, para o mundo do alto, para o enfrentamento definitivo com Satã, chamado de "príncipe do mundo" (Jo 12,31). Depois, Jesus voltará triunfante (Jo 16, 20-22). Para as comunidades do Discípulo Amado, quando Jesus é "elevado" na cruz, ele está voltando para o alto, para junto do Pai (Jo 3, 14-15). A cruz é a glorificação de Jesus, por isso mesmo, quando Jesus for elevado, atrairá todos para si (Jo 12,32). As palavras do Evangelho de João querem dar às comunidades força e coragem para enfrentar as tribulações e as dificuldades, suportadas por aqueles que buscam construir uma vida alternativa numa sociedade violenta (Jo 16,2). A vitória definitiva de Jesus sobre o "príncipe do mundo" está descrita no Apocalipse, onde ele vence o Dragão, "a antiga serpente, chamada Diabo ou Satanás" (Ap 12,9), e faz com que ele seja expulso do céu (Ap 12,1-9). A vitória final já começou no mundo lá de cima! Escutando bem, as comunidades podem até ouvir o canto de vitória que ressoou pelo céu após a vitória de Jesus sobre Satã (Ap 12,10-12). Em breve esta vitória será revelada e manifestada também neste mundo cá de baixo. Todos podem ficar tranquilos e cheios de esperança, porque Jesus venceu e foi glorificado pelo Pai (Jo 17, 5).

Texto extraído do livro "Raio-X da Vida - Círculos Bíblicos do Evangelho de João" (147/148) - dos autores: Carlos Mesters, Mercedes Lopes e Francisco Orofino. Publicado pelo CEBI - Centro de Estudos Bíblicos.

5 comentários:

  1. Os sofistas eram grupos de sábios que viajavam de cidade em cidade para ensinar a população que la morava só que muitas vezes eles pediam um valor absurdo de dinheiro e seus parentes certos de que eles iam aprender,mas só que muitas vezes eles se passavam de sábios enganando os cidadãs, por que eles sabiam que naquela época as pessoas não tinham nenhum conhecimento.Ao individualismo sofístico, Sócrates contrapôs, não o conceito de um homem universal, um homem-razão que não tenha já nenhum dos caracteres precisos e diferenciados dos indivíduos, mas o vínculo de solidariedade e de justiça entre os homens, graças ao qual nenhum deles se pode libertar ou alcançar qualquer coisa de bom só por si só, antes estando junto aos outros e só podendo progredir com a sua ajuda e ajudando-os por seu turno.

    NOME:Jessé de Lima uchôa N:22
    TURMA:Manutenção Automotiva B

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  2. A maior parte dos sofistas nasceu fora de Atenas, eles inauguraram a prática de se cobrar remuneração pelo ensino filosófico. Em Atenas, o ensino sofístico tornou-se muito procurado e lucrativo. O seu princípio era "O homem é a medida de todas as coisas". Assim o que o homem pensa sobre a natureza e a moral, nada mais é que produto do homem.O movimento sofístico surgia como representação dos interesses de novas classes que alcançaram espaço dentro do sistema democrático do governo de Atenas. defendiam a possibilidade de ensinar a arte ( a excelência,virtu8de, justiça e retádão), entrando em choque com os ideais aritocráticos e antigos.
    A pretensão sofísticas era de que a arte podia ser ministrada por professores ambulantes que cobravam taxas para seu ensino. Que a virtude pudesse ser ensinada era à base da pretensão dos sofistas por meio de ganhar a vida. eles queriam ensinar a "arte" política.

    Aluno: Eron de Oliveira Abreu. Nº13
    Turma: Manutenção "B".

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  3. os sofistas eram grupos de pessoas que viajavam de cidade em cidade, levando as pessoas seus conhecimentos, do qual na maioria das vezes eram falsos, já que muitos eram as por vezes analfabetos. Os sofistas na maioria das vezes eram cidadões ateniences, muitas pessoas viviam dessa maneira. dentre essas várias pessoas vale destacar:Protágoras (481 a.C.-420 a.C.), Górgias (483 a.C.-376 a.C.), e Isócrates (436 a.C.-338 a.C.) que foram os primeiros sofistas que se conhece,os sofistas foram os primeiros advogados pois elas cobravam para defender os cidadões, os mesmos também questionavam a sabedoria oferecida pelos deuses e a supremacia a da cultura grega. Eles falavam que as práticas culturais existiam sempre em função de convenções, que a moralidade ou a imoralidade de um ato só deveria ser julgada no contexto em que o correu.

    Aluno: Lucas Alves do Nascimento. Nº26
    Turma: manutenção "B".

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  4. Os sofistas grupos de pessoas que viviam a viajar de cidade em cidade, realizando discursos para atrair estudantes, de quem eles cobravam para levar seus ensinamentos.Os sofistas eram como uma espécie de professores ambulantes, eles focavam seus discursos em estratégias de argumentação. Os mestres sofistas alegavam que podiam "melhorar" seus discípulos ou, em outras palavas, que a "virtude" seria possível ser implantadas nas pessoas. Os sofistas acreditavam que como a virtude a "arte" também poderia ser implantada por professores, nos alunos.

    Aluno: Alex Silva Nº 01.
    Turma: Manutenção"B".

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  5. Os sofistas eram grupos de sábios que viajavam de cidade em cidade para ensinar a população que la morava só que muitas vezes eles pediam um valor absurdo de dinheiro e seus parentes certos de que eles iam aprender, mas só que muitas vezes eles se passavam de sábios enganando os cidadãs, por que eles sabiam que naquela época as pessoas não tinham nenhum conhecimento. muitas pessoas viviam dessa maneira. dentre essas várias pessoas vale destacar:Protágoras (481 a.C.-420 a.C.), Górgias (483 a.C.-376 a.C.), e Isócrates (436 a.C.-338 a.C.) que foram os primeiros sofistas que se conhece. A pretensão sofísticas era de que a arte podia ser ministrada por professores ambulantes que cobravam taxas para seu ensino. Que a virtude pudesse ser ensinada era à base da pretensão dos sofistas por meio de ganhar a vida. eles queriam ensinar a "arte" política.

    Aluno: Italo Nunes Nº19
    Turma:Manutenção "B".

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